Sobre Alquimia

Que tal se a gente falasse um pouco sobre alquimia? Alquimia é um lance que caiu em uma espécie de limbo cognitivo por conta da popularização do termo. Diferentemente do termo “física quântica” entretanto, a gente não se importa muito em desmentir quem se diz alquimista simplesmente porque… não importa mais. A alquimia foi uma arte muito importante para a humanidade ao longo do medievo por conta das descobertas que foram realizadas por conta dela. Naquela época, a alquimia tinha cara de ciências e os Magos se escondiam em seus laboratórios para tentar compreender como a vida funcionava. Descobrimos a pólvora, melhoramos processos de destilação, lançamos mão a melhora de metais com avanços na metalurgia e também ajudamos no processo de construção de vários medicamentos e até demos uma mãozinha na descoberta de várias coisas da medicina e astronomia, mas claro… a alquimia se tornou o domínio de curiosos que a transformaram em mera solução de chás, perfumes e velas coloridas. Não é de se espantar que isso tenha acontecido, pois é o que acontece sempre com qualquer tecnologia que a gente vá desenvolver: eu hoje estou no campo das neurociências e você pode ver o tanto de coisas que nós descobrimos e que já está virando bobagem nas mãos incautas dos esotéricos: TDAH já virou “criança índigo”, já tem gente tentando tratar dengue com acupuntura e demais coisas que, sinceramente? sempre vão acontecer. No fundo, a alquimia é um processo, ou a tentativa de um, de te levar do ponto A ao ponto B, geralmente ligando esses pontos com a melhora individual. Sim: é uma transformação de fato, mas uma transformação que acontece dentro de você para que ela se manifeste do lado de fora, dado que essa é a única forma de propor alguma mudança real no seu mundo. Nós estamos falando isso há centenas de anos, desde quando colocamos que “o todo é mente, o universo é mental”, mesmo antes do Caibalion traduzir o pensamento desta forma, mais recentemente. A diferença aqui é exatamente essa: Nós, Magos, já sabemos há séculos que a mudança necessária a todos está dentro de nós. A gente sempre falou isso. Só que, por algum motivo, você espera que o universo como um todo mude para seu agrado. A gente tá tão preso nisso que nós nem conseguimos entender que não adianta fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes; enquanto você fritar ovo, terá ovo frito, nunca será uma picanha ou um prato de salada. Eu fico pensando nisso e em como isso pode ser esquisito… mas quer saber? Hoje em dia eu também cansei de ficar fazendo as mesmas coisas e esperando resultados diferentes, então eu não vou ficar mais insistindo com todo mundo que o melhor é mudar a si do que mudar o outro. Então… Continue fazendo seus perfuminhos ai que eu vou continuar crescendo aqui. Se você quiser me acompanhar, vem junto. Se não… tenta a sorte ai. Abs.
5 Coisas sobre Magia: Quando o conhecimento encontra a Magia

“Ai nino, queria agradecer pela sua responsabilidade de mandar as pessoas para um psicólogo/psiquiatra e até mesmo em suas consultas indicar a buscar ajuda de um profissional da área da saúde , se não fosse por esse conselho/responsabilidade/humildade sua talvez eu teria entrado em um estado de psicose e me perdido nos meus próprios pensamentos e depressão que eu duvidava que eu tinha então é só um agradecimento formal mesmo, obrigado nino por salvar minha vida.”
A receita da Amarração Definitiva

Sim, nós vamos falar de amor nesse texto e sim, eu vou te dar uma receita vinda diretamente dos estudos de um Mestre Mago para você ter seu amor de volta ou para atrair aquela pessoa que você quer. Em meio a redpills e homens sigmas, acho que eu preciso fazer essa espécie de contraponto e dar meu cadinho mágicko sobre isso, mas claro, antes de prosseguirmos, eu preciso de um pouco de contexto; o que seria esse tal de amor?
Como aprender a aprender?

Semanas atrás fiz um texto aqui sobre o efeito da internet em nossa capacidade de aprendizado e, naquele vídeo, comentei algo sobre a qualidade das informações com as quais entramos em contato. Para você ter um contexto; um dos grandes problemas que enfrentamos hoje em dia é o excesso de informações ao qual nós estamos sujeitos o tempo todo, isso tem deixado nosso pensamento mais raso e nosso conhecimento sobre assuntos importantes, mais superficial.
Como a internet prejudica o avanço dos estudos

O fato é que o que está acontecendo conosco é uma espécie contraditória de mudança no cérebro. Estamos ficando mais inteligentes, mas também estamos ficando mentalmente mais preguiçosos.
“Quando fazemos muitas coisas ao mesmo tempo, nosso cérebro trava, como uma máquina com pouca capacidade de processamento. Vivemos mais tempo mas aproveitamos menos a vida real”
A neurociência do Hermetismo

Antes de mais nada, quero deixar claro aqui para vocês que o que estou fazendo não é sugerir que os mestres hermetistas do passado sabiam alguma coisa de neurociências como sabemos hoje. Por exemplo: o fato da primeira lei hermética ser “o todo é mente e o universo é mental” vem, possivelmente, de uma observação empírica dos mestres, não necessariamente de um conhecimento real do que o cérebro e a mente podem fazer
Como (e por que) me tornei ateu

O processo de aprendizado contínuo e constante faz com que estejamos, de alguma forma, abertos a novos aprendizados constantemente, como se nosso cérebro estivesse “crescendo”, de forma contínua e exponencial. Quanto mais sabemos, mais vontade de saber nós temos, o que faz aquela velha frase “tudo o que sei é que nada sei” ter muito sentido, mas não do jeito que estão acostumados a tentar fazer.
A Magia me tornou Cético

Embora hoje eu não acredite mais nisso, o meu início na Magia aconteceu exatamente desta forma: Quando larguei o cristianismo, passei a fazer parte de um terreiro de umbanda onde fiz minhas obrigações e trabalhei por um tempo, antes de abrir meu próprio terreiro. Sim, eu era médium de incorporação, trabalhava com toda aquela sorte de entidades que vocês já ouviram por aí: exus, caboclos, crianças, pretos velhos e tudo o mais.
O Poder das Velas

Algum tempo atrás eu tive uma conversa bem interessante no instagram @ninodenani. A gente falava a respeito dos vícios, vídeo que postei ha agum tempo e, no meio do caminho, comecei a constatar algumas coisas interessantes. A primeira delas é aquela de sempre: por conta das respostas que recebia pra pergunta “você tem algum vício?”, muita gente respondeu coisas que não faziam sentido e, por conta disso, perguntei se essas pessoas sabiam o que era vício e, adivinhe: não sabiam. Estavam falando que tinham uma coisa que eles não sabiam o que era. A outra coisa interessante foi a respeito do tema oculto do vídeo mesmo. A ideia de ter falado sobre vícios foi para ajudar quem tenha, mas também para dizer que certas coisas que fazemos podem ser feitas somente por vício. Então começamos a adentrar cada vez mais por essa conversa até que usei certas coisas típicas de um rito para ilustrar e é aí que o poder das velas entra em questão. A pergunta era: por que vc acha essencial o uso de velas em um rito e, se vc realmente pensa assim; você já tentou fazer um rito sem velas pra ver o que dava? Pois é… Um pouco de parafina, um pavio e fogo. Desde que me entendo por gente, a vela é algo que trás para nós certos mistérios. Não há um rito, seja ele religioso, seja mágicko, individual ou coletivo, que não use velas. Fazemos elas de diversas cores e formatos, com aromas, com pavios de madeira ou algodão. O fato é que elas sempre estão ai. Existem até livros publicados da “magia das velas”, existem atos que são feitos somente com a vela ou que ela é o objeto principal de um ato mágicko. Mas… vc já parou pra se perguntar o pq de tudo isso? Em artigo de Maria Helena Martins para o site SAPO, “A vela representa o princípio criador: a luz do sol, que dá vida a tudo, e favorece a transmutação das energias, isto é, transforma a energia dos pedidos na concretização dos mesmos, dando-lhes força e calor.” A minha pergunta para esse tipo de coisa é sempre a mesma: como? A vela representar alguma coisa me faz total sentido, assim como qualquer outra coisa pode representar qualquer outra coisa, mas e o resto da explicação: Favorece a transmutação de energias, transforma a energia dos pedidos na concretização dos mesmos… e a conclusão é ainda mais maravilhosa: “dando-lhes força e poder”. Como uma vela dá força e poder a um pedido? O site Wemystic, no qual eu sou colaborador, inclusive, diz em um artigo sem assinatura: “De acordo com o pedido ou tipo de conexão pretendida, é possível escolher uma vela com determinadas características — coloridas ou que queimem por mais de um dia, por exemplo. Dessa forma, a cada vez que acender uma vela, ela terá seu próprio significado e finalidade.“ De onde isso veio? Bom, antes da gente continuar aqui, eu preciso deixar uma coisa clara: não estou falando isso, trazendo essas questões, para ridicularizar ou menosprezar quem as costuma usar como explicação para as coisas. Estou trazendo só para tentarmos ver o que está acontecendo aqui, fechou? Não é um tipo de ataque ou coisa assim, eu mesmo adoro usar velas pras coisas. Enfim… Claro, estou pegando a vela aqui como símbolo de toda uma forma de ver o mundo que nós temos e seria bastante interessante olharmos com um pouco mais de calma para compreender o que está rolando, o que está acontecendo e, muitas vezes, não para negar a coisa em si, mas para potencializá-la. Esta parte é importante e, acredito, poucos de vocês, visitantes, compreenderam isso ainda: Mecanismos de crença, as formas que temos de interação com o mundo usando pequenas ou grandes formas de crenças, constroem quem nós somos e ditam a forma como vamos interagir com a realidade. Este mecanismo é tão importante a ponto de fazer com que toda uma civilização acredite em vários tipos de manifestações só porque alguém disse alguma coisa que correspondia ou nos dava uma explicação melhor sobre o que nós mesmos já acreditávamos ser verdade. O que é o mito de Jesus hoje em dia senão exatamente essa situação de mecanismo de crença, você já se perguntou? Quem foi Jesus? Um judeu, nascido em Belém, fugido pro Egito pra escapar da sentença de morte de Herodes que cresceu na Galiléia e, por algum motivo, algumas pessoas começaram a entender que ele era o messias prometido nas escrituras judaicas, naquele tempo, hebraicas. O que confirmou isso tudo? A fé de um povo ignorante (e não ache isso ruim: comparado com o que sabemos hoje, o mundo todo era ignorante há 2000 anos) porque quando não sabemos, precisamos acreditar. Alguém contou uma história que parecia ser verdade e uma galera resolveu acreditar. Só teve uma pessoa que quis mais evidências da história: Tomé e muitos acham que isso só aconteceu porque quem deu a notícia da ressurreição de cristo, foi Maria Madalena, ou seja, uma mulher. Hoje em dia, 2000 anos depois e uma série de melhorias feitas em nosso processo de aprendizagem formal, ainda há quem acredite nisso e acredite tanto, que pessoas morrem por conta disso e… por que? Por que precisamos acreditar em uma história que, de alguma forma, nos traz conforto. Em um estudo publicado pelo psicólogo britânico John Bowlby tenta explicar pra gente o que está acontecendo na questão da nossa relação com esse deus, ou seja, ele tenta fazer uma exploração em nossas mentes para responder a pergunta: por que criamos deus? Eu já contei aqui a respeito do nosso mecanismo hiperativo de detecção de agência, que faz com que a gente acabe criando uma espécie de “ser” para cada coisa que vemos se movendo e não conseguimos explicar o por que e Bowlby traz pra gente uma explicação bem parecida: A religião (e logo vcs vão entender onde quero chegar) seria um produto resultante de adaptações sociais e
Símbolos Mágickos, a arte de olhar e não ver

Evoluímos esse processo ao longo de milênios de existência até o refirnarmos de tal forma que nos tornamos especialistas em comunicação. tão especialistas que criamos formas e mais formas para fazer isso e, algumas delas, com funções bastante específicas.